![grupo de pessoas pesquisando, brainstrom](https://static.wixstatic.com/media/2f9569_e6e34aaa24e04a40b8e97b7272bbbcd2~mv2.jpg/v1/fill/w_980,h_644,al_c,q_85,usm_0.66_1.00_0.01,enc_auto/2f9569_e6e34aaa24e04a40b8e97b7272bbbcd2~mv2.jpg)
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS, APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS.
A pesquisa teve seu início com um estudo bibliográfico, que buscou responder, mediante a análise de teóricos, de leis, documentos e de outros tipos de fontes de informação, os objetivos propostos neste trabalho.
De modo a identificar o perfil do professor de educação infantil bilíngue elaboramos um questionário (em Apêndice) composto por 14 perguntas, em sua maioria abertas, que abordavam questões como: Cite disciplinas que cursou em sua vida acadêmica que acredita que contribuíram para a sua prática docente atual? O que te atraiu a trabalhar com educação infantil bilíngue? Quais princípios você utiliza para orientar sua prática pedagógica? Quais são os pontos fortes que encontra na sua atuação diária no contexto da educação infantil bilíngue, e o que acredita que contribui para esses pontos fortes? Que características deve ter um professor de educação infantil bilíngue? Entre outras.
O questionário foi enviado via e-mail para dez professoras de escolas diferentes, que oferecem a educação infantil bilíngue na cidade de Curitiba-PR. Porém, em função da pouca adesão das professoras que foram solicitadas a participar deste estudo, apenas um questionário respondido retornou no intervalo de quinze dias, portanto decidimos encaminhar a pesquisa de campo de outra forma.
Entramos em contato com cada uma das professoras e as questionamos porque não tinham retornado. De forma unanime elas queixaram-se que o questionário era muito longo e demandava muito tempo para respondê-lo. Convidamos, então, um número menor, porém significativo, de professoras para participar da aplicação do questionário em forma de entrevista. Cinco profissionais de educação infantil bilíngue foram convidadas para um encontro, no qual a pesquisadora faria as perguntas e registraria suas respostas. Efetivamente quatro profissionais compareceram ao encontro e responderam ao questionário.
A seguir apresentaremos as respostas das participantes divididas em quatro eixos de análise: vida acadêmica e formação continuada, motivação, prática pedagógica e grade curricular de um curso de especialização em educação infantil bilíngue, que ajudarão a delimitar o perfil desse profissional. Classificaremos as respostas das participantes em “categorias” e “tipos de resposta”, e as submeteremos a análise relacionando-as aos pressupostos teóricos e legais propostos neste estudo, discutindo os dados de forma crítica e reflexiva.
(Esse texto faz parte do meu artigo de conclusão de curso em Pedagogia, Educação Infantil Bilíngue: um estudo sobre o perfil dos profissionais que atuam na área, de 2014).
Fazendo uma reflexão atual sobre essa etapa do meu artigo, identifico que o professor do chão da escola desconhece a necessidade da pesquisa, para/como parte do processo de solução das disfunções do cotidiano escolar. Para se resolver os problemas do chão da escola, precisamos falar sobre o que realmente ocorre dentro da escola. Isso implica falar de você professor, da sua formação e experiências.
Hoje no meu trabalho como assessora pedagógica bilíngue, utilizo o questionário para conhecer as pessoas da escola, para conseguir projetar caminhos a serem seguidos, potencializando as habilidades de cada docente, agregando valor a todos no coletivo. Infelizmente na grande maioria das escolas, o que temos são docentes que se dividem em 3 grupos: o grupo composto por pouquíssimos professores que sentem-se seguros sobre sua prática e entregam com segurança o questionário. O segundo grupo são professores que reconhecem que precisam cumprir demandas e entregar o questionário é uma delas, porém o fazem se desculpando por suas respostas. E o terceiro grupo composto pela grande maioria que não entrega e arranja mil desculpas ao longo dos encontros formativos. Essa falta de comprometimento com a avaliação integral do processo educacional, funciona como rédeas que nos impedem de avançar em nossa pesquisa didática na busca de propor princípios e material teórico que possibilite ao docente desconstruir-se de suas receitas didáticas afim de colocar em práticas princípios políticos pedagógicos.
É preciso desmistificar essa ideia de que conversar sobre o planejamento e prática do professor ou mesmo observar o docente em ação como um ato regulamentário, mas sim como uma possibilidade de continuar desenvolvendo-se como professor, através da análise crítica de outros profissionais podemos lapidar aspectos da nossa docência, utilizando as lentes teóricas dos nossos colegas de profissão. As vezes pontos que são uma problemática para mim, podem ser algo sutil para meu colega e a troca sobre nosso cotidiano escolar, amplia nossas possibilidades de ações.
Salve a pesquisa e o diálogo como partes do processo de emancipação da prática escolar. Nos próximos textos irei apresentar o resultado da pesquisa feita em 2014, sobre o perfil do professor de educação infantil bilíngue. Se depois de ler você começou a entender um pouquinho melhor a necessidade da pesquisa, do acompanhamento da prática docente, da observação e análise de contextos, compartilha com seus colegas de escola!
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