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Conversação em Inglês

Atualizado: 24 de jun. de 2022



Você provem tempo nas suas aulas de inglês ou em suas vivências bilíngues para que os estudantes tenham oportunidades de mobilizar a língua de forma autônoma? Uma das práticas que consideramos indispensáveis para a aquisição de uma língua adicional, é a mobilização da língua alvo de forma independente.


No Ateliê Bilíngue Cwb, planejamos momentos em que as crianças / adolescentes tenham à disposição materiais e dicas para se comunicar em inglês sem depender do adulto e através de práticas de diálogo que correspondem com as práticas sociais e não diálogos estigmatizados ou teatrais. Ou segundo Holden e Nobre (2018, p.26):

"Em uma prática de ensino aprendizagem comunicativa, a língua é organizada de acordo com a função que ela desempenha na comunicação humana". [tradução nossa]

lista de reaction expressions
Reaction Expressions

Assista a documentação educativa do nosso momento "talk time", durante o Ateliê Bilíngue Cwb Teens. Os jovens podem expressar o que realmente pensam e sentem, ao invés de ficar promovendo repetições sem significado. Nesse encontro os teens mobilizaram diferentes "reaction expressions" para sinalizar se algo é positivo ou negativo. Através da análise de imagens e leitura das "captions", os adolescentes puderam escolher na lista de expressões que tinham à disposição como reagir a diferentes acontecimentos utilizando a língua adicional. Utilizamos esse momento de leitura e diálogo para apresentar e revisar o conteúdo relacionado a "object and subjective pronouns".




"Todo caso, fazendo pequenas adaptações as atividades, você pode transformá-las em oportunidades para os estudantes desenvolverem suas habilidades comunicativas na língua alvo e não apenas verbalizar o uso correto a gramática" (HOLDEN E NOBRE, 2018, p.73).

Pensando nessa última colocação, acho importante ressaltar o que faz os olhos saltar o muro nessa documentação educativa. As crianças se revezam para ler as frases em inglês e relacionar o contexto com a imagem. Porém a estratégia que legitima o entendimento é a tradução para língua materna, para posteriormente expressar-se através de uma "reaction expression" em inglês. O empréstimo de conhecimento da língua materna, assim como o que penso através da minha primeira cultura é o "scaffolding" que a criança utiliza para se expressar na língua adicional.


A documentação do processo de como adolescentes que tem o português como língua materna, e aprendem uma segunda língua, o inglês nesse caso, em contexto de Educação Bilíngue de Enriquecimento (Enrichment Bilingual Education), que segundo Baker (2006), tem como objetivo proporcionar às crianças falantes de uma língua dominante o aprendizado de uma segunda língua na escola. Evidencia que a proposição de uma escola bilíngue monolíngue, limita as possibilidades de bilinguismos nos jovens, que utilizam a língua materna como ferramenta/estratégia para compreender, decodificar e mobilizar uma língua adicional.

"Esses aportes dialogam com a perspectiva de Vigotsky, em sua teoria histórico-cultural que aborda a relação entre desenvolvimento e aprendizagem acoplada ao fato de o ser humano viver em meio social, “reconhecer que todas as linguagens expressivas, cognitivas e comunicativas que se formam por reciprocidade nascem e se desenvolvem por meio da experiência” (GANDINI, 2019, p. 13) e das relações" (JACOB, 2020).

Finalizamos a analise da documentação e da prática de conversação em contextos que de Educação Bilíngue ou aula de inglês, evidenciando como a língua materna é ferramenta para aquisição de uma língua adicional e que saber acolher e utilizar a língua materna é uma estratégia didática de ensino aprendizagem de língua adicional. Além de que acreditamos que através da organização de um material prévio e um contexto educativo, o professor pode promover o protagonismo da criança na sala de aula, proporcionando momentos significativos de mobilização da língua alvo. Já pensou nisso?


 

Referências:

HOLDEN, Susan; NOBRE, Vinicius. Teaching English Today: contexts and objectives. São Paulo : Hub Editora, 2018.

JACOB, Ana. O Professor de Educação Infantil Bilíngue: Um Atelierista de Linguaguem. Revista Ensaios Pedagógicos, v.10, n.1, 2020.





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