Há algumas décadas era comum ver a exposição precoce a língua estrangeira relacionado a problemas como: confusão mental, atraso na aquisição do idioma principal, conflitos de identidade, alienação e, até mesmo esquizofrenia. Fazendo um contraponto a essa opinião e numa escala mais moderna Espinosa (2012), em seu estudo, referenciou-se em Petitto e Dunbar, (2004), para falar que não existem desvantagens no bilinguismo precoce, a exposição precoce a uma segunda língua pode favorecer as habilidades linguísticas e cognitivas. A autora em seu trabalho: Ten Key Factors that Influence Successful Bilingualism and Multilingualism, discorre sobre os benefícios do bilinguismo em diferentes esferas: cognitivos - aprimora as habilidades do pensamento (consciência metalinguística, criatividade e facilidade para se comunicar); social - integração e apreciação de outras culturas; econômico - reconhecimento da necessidade de bilíngues por parte dos empresas e governos; pessoal - bem estar psicológico, autoconfiança, autonomia e ligação com suas raízes; comunicação - facilita o acesso à literatura, maior network; cultural - pensamento intercultural mais desenvolvido; acadêmico - facilidade para aprender uma terceira língua e impacto em outras disciplinas.
Na mesma apresentação, a autora ainda dissertou sobre os promissores resultados de pesquisas que relacionam o cérebro monolíngues e multilíngues, apontando que pessoas multilíngues processam a língua de uma maneira diferenciada. Essa dinâmica diferenciada no cérebro multilíngue pode fazer com que a doença de Alzheimer se retarde por até quatro anos. Esses são alguns dos resultados bem positivos que uma educação bilíngue pode trazer.
Com base nos principais questionamentos propostos por pais ao exporem seus filhos ao ensino de uma segunda língua, Abu-Rabia e Kahat (2004) elaboram uma pesquisa, The Earlier the Better. Em seus estudos relatam que crianças por ainda não possuírem um vocabulário extenso em sua própria língua acabam adquirindo uma segunda língua com facilidade como a língua materna, tornando-se fluentes de forma natural e acelerada. Tais habilidades podem ser notadas, segundo eles, em testes de gramática, fonologia e processo de linguagem.
Texto de Setembro de 2018
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